30 de dezembro de 2010

Comunicação canina (parte3)

 

Demarcando territorio

O conceito de demarcar território normalmente é utilizado como forma de defesa. Em matilhas de lobo, parece que há mais demarcações do que o perímetro da zona que eles realmente habitam.

Marcação de territorio é similarmente abundante nos caninos domésticos. Mas a maioria dos cães domésticos estão presos a ambientes artificiais fechados por muros e cercas e tendem a demarcar em lugares verticais, seria de esperar que a maioria da marcação fosse ao longo do ambiente. Surpreendente no entanto é que cães de livre circulação não foi encontrado esse comportamento. Os bobos donos de cães normalmente não levam ou apenas levam para perto de casa seus cães para marcarem territorio.

Cães de livre circulação não protegem ativamente a área de sua moradia de outros cães de livre circulação, nem o cheiro de sua urina parecem capaz de repelir outros cães de livre circulação, entrando livremente em áreas habitadas e marcando as vezes na frente do morador. Cães domésticos normalmente não são muito territorialistas, recebendo bem alguns visitantes até. Cães podem distinguir o cheiro de outras urinas da sua própria. Também, a resposta à repetidas exposições à urina de cães desconhecidos decrescem cada vez que são expostos mais vezes. Ao invés de demarcar territorio, os cães domésticos parecem marcar com urina os lugares desconhecidos para torná-los familiar, é como ornamentar uma nova casa com móveis e pertences seus.

Além disso, marcação urinária não é exclusiva do sexo masculino. Muitas fêmeas demarcam e ainda algumas levantam a pata para fazê-lo. No entanto, fêmeas levantam a perna de forma diferente dos cães machos levantam. Machos ficam com o corpo extendido um pouco mais para frente, levantam a perna de forma que fiquem mais altas que o quadril a fim de demarcar lugares que fiquem muito alto e de maior distância (e pior alcance). As fêmeas levantam a pata porém na posição de cócoras. Muitas vezes o seu traseiro pode mecher de forma a atingir melhor o local a ser demarcado. A urina então é como um bate-papo “oi, meu name é  bial, eu passei por aqui” “olá, meu nome é core e eu também passei por ai” “olá, meu nome é zé magrelo e eu também passei por aqui, tudo bom com vcs?!” “oi, meu nome é zé ruela e eu tenho 10 meses” “oi, meu nome é pepe e eu sou castrado”.

Ou seja, é apenas uma forma de comunicação de dizer “estive aqui”.

 

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Fonte: http://dogstardaily.com/training/dog-communication

Comunicação canina (parte2)

Licença para ser cão
A testosterona é o hormônio que faz a urina do macho se distinguir da feminina. Por isso, o  “cheiro de macho” depende  da quantidade de testosterona que ele tem. Em muitos mamíferos os adultos tem muito mais testorona que os jovens.  Isso no entanto, não é verdade para os cães. Os níveis de testosterona começam a aumentar quando o cachorro tem por volta de 4 a 5 meses, depois atingem o nível máximo aos 10 meses de idade para depois começar a cair aos 18 meses de idade.  Nos jovens de 10 meses o nível de testosterona pode ser 5 a 6 vezes maior que no adulto.
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O odor da urina portanto, diz qual é a idade do cão. O odor da urina do cachorro é bastante diferente.  O tamanho, o pêlo, a voz o comportamento e sobretudo o cheiro da urina diz qual é a idade real do cão. O seu cheiro de jovem portanto o faz ter a “licença de cachorro” pra dizer  aos mais velhos “olhe o cheiro da minha urina, sou apenas um filhote. desculpa ter pulado em você mordido sua orelha e seu rabo. estava apenas brincandinho”
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E os mais velhos que são sociáveis normalmente são tolerantes à eles. Os machos adultos normalmente não tem muita paciência pras brincadeiras de filhotes, mas não são agressivos com eles na maioria das vezes.
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No entanto, quanto os níveis de testosterona aumentam, o jovem perde a sua “licença de ser cachorro”. É então quando os adultos percebem pelo cheiro da urina que o animal está ficando jovem e pode ser um verdadeiro problema para a harmonia do ambiente. Eles pensam “olha só, ele está crescendo. pode trazer problemas. vamos educá-lo logo antes que seja tarde demais”

Então os adultos (principalmente os machos) começam a praticar bullying com os adolescentes para que eles “se liguem” como é o “esquema” do ambiente e procurem seu devido lugar.

Fonte: http://dogstardaily.com/training/dog-communication

Comunicação Canina (parte 1)

Para os humanos, a maior comunicação é feita através da voz ou da escrita.
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Porém, para os cães há uma larga forma de comunicação como expressões faciais e corporais como: abaixar e levantar a orelha, jogar em arcos, cauda balançando, sorrisos submissos, etc.
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Dois cães “conversando”
Através da voz eles podem se comunicar através de uma gama de latidos como gritos, gemidos, lamentos, gritos, grunhidos.
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Cão vocalizando
Pela forma olfatória através do cheiro do focinho, glândulas da orelha, glândulas do rabo, secreções anais e vaginais e particularmente através do cheiro da urina e das fezes.
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veja bem, esse cachorro além de tudo está inseguro com o que está acontecendo. perceba a patinha levantada, pernas abaixadas, rabo baixo, orelhas em pé como em alerta pra qualquer perigo, olhos arregalados.
Linguagem corporal
Poucos de nós conseguimos distinguir as diferentes formas de comunicação corporal dos cães, porém a maioria de nós sabe dizer se um cão é amigável ou não. O cão parece passar a mensagem com muita pouca dificuldade. É fácil sentir a “aura de confiança”, perceber quando estão relaxados e calmos e ver as posturas corporais. Tais cães transparecem bastante simpatia e alegria. Cabeça erguida, com um grande sorriso canino, marcha confiante e descontraída, garupa levantada.
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Cão passeando relaxadamente ao lado de sua dona. Cauda abanando (dá pra ver pelo ângulo que está inclinada), sorriso canino, cabeça para cima, patas bem postas ao chão exceto a que está levantando para dar outro passo.
Similarmente, também podemos sentir a tensão num cão que n é amigo: cabeça abaixada, orelhas achatadas, lábios levantados, dentes mostrando, rosnando, pelos arrepiados, pernas rígidas e rabo levantado, tenso e normalmente vibrando.
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Cão mostrando-se visivelmente desconfortado e em tom de ameaça. Tronco rígido, lábios levantados, boca a mostra. Provavelmente está sentado por alguma obrigação imposta a quem está atrás da câmera
 
Similarmente é fácil distinguir entre cães de alto nível social e os de baixo nível. Os de alto nível andam confiantes, cabeça e cauda erguidas, grandes olhos e orelhas levantadas.
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Cão passeando ao lado de garotinho mostrando bastante confiança. Cauda erguida, andar relaxada, cabeça levantada.
Por outro lado os de baixo nível se aproximam devagar, em sinal de apaziguamento, andam como se estivesse pedindo desculpas, cabeça baixa, lábios salientes, língua em movimento de lamber, olhos piscando e estreitos, pata levantada ou rabo entre as pernas.
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perceba que o mais pretinho está tentando se esquivar, com orelhas baixas, rabo baixo, olhando para baixo.
Em um caso extremo os cães podem rolar ou se urinar.
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cão demonstrando submissão ao outro mostrando sua parte mais frágil que é a ventral.
É dificil viver mesmo que poucos dias com um cão sem conhecer suas mensagens corporais. A maioria dos donos sabe quando seu cão está alegre, triste, respeitoso, com medo ou agressivo.  De fato, muitos donos de cães tem sucesso ao compreender e descrever os sinais corporais do dicionario de expressões corporais canino que abrange grande parte do repertório de expressões do cão.
A expressão mais incompreendida dos cães é a vocalização.  Latidos e rosnados principalmente sempre são mostrados como ameaça, e em algumas situações realmente são. Mas em outras, não. Latido é para expressar que o cão está em conflito entre duas ações, ou para sugerir o final da ação.
Por exemplo, latido pode significar “eu quero brincar, mas não sei se posso” ou, “eu gosto de você apesar de não ter certeza” ou mesmo “venha aqui, mas mantenha a distância.”
Quando um cão tem algo decidido o que fazer, normalmente ele o faz. Não tem nem a motivação nem a inclinação de latir. Por exemplo, chega visita e seu cão não pára de latir, porém, não morde. Ele está dizendo “ei, aqui é minha casa sabia? eu quero chegar perto mas talvez você não seja confiável. Ei, vc pode entrar aqui assim? É, talvez você possa, mas não mecha em mim nem em nada aqui, ok?” e quando ele decide que a visita ou é amigável, ou é uma ameaça, ele se cala ou simplesmente resolve morder.

O rosnado normalmente é mais utilizado como ameaça. Ronar por sentir-se desconfortável é de longe a forma mais comum que os cães usam. Rosnados assim como mordidas de leve também podem ser chamados para brincadeira. Porém, isso pode ser particularmente preocupante para os donos que não sabem distinguir a diferença dos diferentes rosnados.
A Lu agora está lidando com uma cadelinha que toda vez que ela quer brincar ela rosna e fica pulando na pessoa para brincar. Acaba que com isso, as pessoas ficam com medo dela e como e o que a Lu está fazendo, ela vai falar aqui depois pra vcs.
Cães que rosnam normalmente não são delinquentes ou líderes, muito pelo contrário, eles normalmente são machos inseguro quanto à sua posição social.  Muitas vezes um cão pode rosnar incessantemente para dar ênfase em algo que não nem tão relevante assim. Muitos cães apenas latem e não mordem. Os verdadeiros cães do topo da hierarquia, muitas poucas vezes utilizam-se de qualquer tipo de rosnado ou latido. Eles normalmente são tranquilos e calmos.
Antes de ler esses textos, eu achava que o meu Fred era o topo da hierarquia aqui de casa entre os cães, mas hoje percebo que ele é um cão inseguro quanto à sua posição, porque por um lado, a catarina monta nele e ele deixa e o governa, sendo que Pepe sempre é governado por ele. Porém, Pepe governa e corrige catarina. Então, você imagina como é a salada da hierarquia aqui né? Na maioria das vezes eu não em meto e espero que eles decidam logo quem manda em quem. Quanto tempo isso irá durar, eu não sei. Contanto que eles saibam que a espécie humana é diferente onde não há líderes humanos mas sim seres que eles devem respeito, para mim está bom. Normalmente numa atmosfera de investigação,os cães dão apenas uma pista do que realmente querem. Por exemplo, quando um cão levanta o bumbum e logo depois late, persegue, morde mostra que ele está apenas querendo brincar.

Comunicação olfatória
Muitos donos percebem que seus cães urinam mais do que as necessidades fisiológicas mandam. Minha mãe por exemplo fala direto “mas aline, o fred acabou de fazer xixi, foi só a catarina fazer que ele fez em cima de novo” Ou “a catarina tem bexiga neurogênica porque toda vez que eu chego aqui e brinco com a calopsita ela faz xixi”. E Ian Dulbar explica isso a ela dizendo que os cães usam a urina por mais de uma função como pra mostrar que tá no cio, ou dizer que está livre para o acasalamento, ou até mesmo para dizer “ei, isso aqui é meu, lembra?!”.
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Cão demarcando um local com a urina
(continua)

Fonte: http://dogstardaily.com/training/dog-communication

29 de dezembro de 2010

Série: Don’t Shoot the dog VII

Click

Mamíferos marinhos normalmente são treinados com reforço condicionado. Essas são normalmente apitos. Quem começou com esse conceito foi uma estudante universitária nos anos de 60 chamada Keller Breland. Ela chamava de “ponte para o estímulo” pois ela marcava o comportamento exato que ela queria quando os animais estavam no meio do tanque ou no meio do ar e depois davam um peixe como pagamento.
A literatura analítica do comportamento reconheceu esse método. Mas eles tinham mais valores a serem reconhecidos. Nos anos de 1990 mais e mais animais foram sendo treinados com condicionamento operante, reforços positivos e reforço condicionado e assim o público em geral como donos de cachorro aprenderam o jeito de fazê-lo. Os donos começaram a usar aparelhinhos de plástico ou metal que fazia um click para marcar os comportamentos e instaurou-se o “clicker training”.O clicker foi utilizado por treinadores que o utilizavam como uma ponte entre o animal ganhar a comida e comer a mesma. O P.h.d Ogden Lindsley começou a chamar de “marcador de comportamento”. Isso ajudava o treinador a reforçar o exato comportamento no momento exato. Mas ele fez mais que isso. Ele coloca o poder nas mãos, patas ou barbatanas do aluno. Depois o aluno se exibia intencionalmente como quem dissesse “oh, estou fazendo o que você quer. Cadê o click?” Os treinadores chamam esse momento de quando a “luz se acende” e o treino torna-se mais interessante.
Ellen Rhese p.h.d também fala que o clicker marca o fim. Isso mostra “o trabalho está feito” Gary Wilkes fala que o clicker mostra o fim do comportamento. Isso reforça por ele próprio. Porém, isso pode ser um choque para os treinadores tradicionais: “isso não parece natural. Mostra ao aluno que ele pode largar um haltere por exemplo a qualquer momento sem cuidado nenhum, para comer um cachorro quente.”
O filósofo Gregory Bateson fala que de alguma forma o treinamento por condicionamento operante era uma forma de treinar espécies alienígenas. De fato, pode ser. O maior valor do reforço condicionado é a forma como se tem de comunicação com outras espécies.
O clicker pode ser o aparelhinho próprio ou qualquer coisa que tenha um barulhinho semelhante, como caneta, aqueles isqueiros que fazem barulho, etc.


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Outros animais como gatos também podem ser treinados com clicker
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http://www.for-cats-only.com/cat-clicker-training-start.htm

Essa é uma tradução livre feita por mim Aline Viena de Souza e não há permissão prévia de ser reproduzida nem total nem parcialmente em outro lugar sem o contato prévio e a minha autorização.

28 de dezembro de 2010

Dica de leitura boa

Já sigo o @blogbigodes há um tempo no twitter e hoje resolvi ir olhar o blog dele e simplesmente me encantei. Tem vários textos super interessantes, fontes e tudo o mais. Tudo muito atual e inovador. Coisas para se ler com a mente aberta e vontade de aprender.

Não deixem de ir lá e ler principalmente este artigo, este artigo, este artigo e este daqui.

São leituras obrigatórias para quem quer aprender um pouco mais sobre seu melhor amigo.

Beijos

 

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27 de dezembro de 2010

Brake

Resolvi dar uma parada nas postagens do livro.

Por que?? Porque eu simplesmente não sei o que os leitores estão achando. Não há respostas e issso acaba me deixando meio insegura. Como é uma série longa, pode acabar tornando-se chata cansativo a leitura dele.

Então, é isso.

Quero dar apenas uma dica a vocês que é a Sara Favinha da Tudo de Cão está respondendo questões sobre latidos excessivos lá no site Mãe de Cachorro.

O texto é ótimo e vale a pena dar uma olhada.

 

Beijocas para todos.

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meu cunhadinho e minha cunhadinha peludoos

26 de dezembro de 2010

Série Don’t Shoot the Dog VI

Reforço condicionado

O que acontece especialmente quando treinamos usando petiscos como reforço é que não conseguimos “parabenizar” no momento da performance que você encorajou a acontecer acontece.Quando se treina golfinhos para pular por exemplo, não consegue-se reforçar no momento que ele está no ar. Se a cada pulo que o animal der, um peixe for jogado, uma hora ou outra ele vai associar o pulo à comida e irá pular mais vezes. No entanto, ele não tem como saber qual foi a forma que eu mais gostei do pulo. Com isso, leva-se a muitas repetições até que o animal aprenda qual é a forma exata que eu quero que ele se comporte. Para fugir desse problema, nós usamos reforço condicionado.

 

Um reforço condicionado é inicialmente sem sentido ( um som, uma luz, um movimento) que é apresentado durante ou antes de se dar o petisco.

Para golfinhos, treinadores usam um apito que a policia usa que o animal pode ouvir de longe e em baixo da água, além do que, deixa as duas mãos livres para os sinais manuais e dar o peixe. Para os outros animais, usa-se muito o clicker que é um barulhinho semelhante ao de um mouse ou uma palavra reservada para propor um reforço condicionado como “bom garoto” “boa menina” ou “muito bem”.

 

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Reforços condicionados são abundantes em nossas vidas.

A formação prática em treinamento animal com reforços positivos deve sempre começar com reforços condicionados. Antes de começar qualquer treino e do animal saber qualquer coisa em especial, deve-se apresentar o condicionador de reforço. Antes mesmo da comida, carinho, elogio ou qualquer outra coisa. Quando animal já começa a reconhecer o sinal de “bom menino” você já pode começar a entrar com um reforço verdadeiro. Quando você estabelece o condicionador de reforço você tem como falar ao animal exatamente o que você quer do seu comportamento.

O condicionador de reforço é extremamente poderoso. Associar condicionador de reforços com vários outros reforços primários torna-o incrivelmente poderoso. O sujeito pode não estar querendo no momento comida ou carinho, mas ao ouvir o condicionador irá logo associar a algo útil e prazeroso. Uma vez estabelecido o condicionador, você tem que tomar muito cuidado para não jogá-lo simplesmente de lado ou dá-lo sem necessidade e fazer o seu poder se esvair. A autora fala sobre crianças que vão montar em seus pôneis. Ela não tem regras, apenas uma única de não dizer “bom pônei” para os pôneis sem eles terem feito nada pois esse é um reforço guardado para quando ele fizer algo real que merecer o “good pônei”.

Elogios sem sentido ou falsos fazem com que quando o animal ouvir de numa situação real não tenha tanto sentido.

Gente, eu vejo pelas estatísticas que as visitas estão boas, mas por que vocês não comentam?? Não é um falso elogio não, ta? Toda vez que eu vejo um comentário que seja tenho vontade de fazer a próxima tradução mais rápido para que vocês gostem cada vez mais. Então, nãoo faz isso com a tia Aline não, faz um comentáriozinho, ta? Hahaha

Beijos e feliz natal.

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Essa é uma tradução feita por mim, Aline Viena de Souza e não tem permissão prévia para ser reproduzida em nenhum outro lugar. Se houver interesse, entre em contato conosco.

25 de dezembro de 2010

Série: Don’t Shoot the dog (V)

Tamanho do reforço

Treinadores iniciantes que usam comida como reforço geralmente são confundidos com o tamanho que um petisco pode ter. A resposta é: tão pequena quanto você poderia sair com ela. Quanto menor o petisco, menor será o tempo em que o animal gastará comendo.Isso não encurta apenas o tempo, ele permite também que o animal receba mais reforços por sessão antes que se sinta satisfeito e desinteressado pela comida.
Geralmente, um pedaço pequeno de uma comida que o animal realmente goste já é suficiente para que se torne interessante para o animal ser treinado e associe os comandos e ensinamentos.
Uma regra de ouro do treinamento é que você pode dar até um quarto da alimentação diária do animal em petiscos durante o treino, o resto você dá livremente. Se você tiver tempo para três ou quarto sessões por dia, você pode dar até oitenta por cento da quantidade diária de comida do animal no treino e dar os outros vinte por cento normalmente. É o que parece o máximo para manter o interesse do animal.
A dificuldade sobre a tarefa também tem algum efeito sobre o tamanho do reforço. A autora relata que uma vez diante do esforço que as baleias do Sea World fizeram (22 pulos) deveriam dar-lhe uma cavala inteira. Depois, quando foram reforçar com os pequenos pedaços de sempre, a baleia simplesmente recusou-se a fazer todos os movimentos por um pequeno cheiro de outro peixe.
Portanto, devemos ter em mente que os petiscos não são o ponto principal do treino, e sim, o objetivo para o qual o animal está sendo treinado. Devemos ter inteligência pra tornar o treino cada vez mais interessante para nossos animais.
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Essa é uma tradução livre feita por mim, Aline Viena de Souza do livro Don't Shoot the dog de Karen Pryor. Não tem, portanto a autorização prévia de ser reproduzido total ou parcialmente sem a minha devida permissão.

23 de dezembro de 2010

Série: Don’t Shoot the dog IV

Tempo de reforçar

Como já foi dito anteriormente, o reforço é usado em conjunto com a ação com o intuito de modificá-la. O momento da chegada do reforço é a informação do que você quer exatamente do aluno. Quando alguém está tentando ensinar algo a alguém, o conteúdo informacional torna-se mais importante que o próprio reforço. Relutantes reforços é o maior problema de treinadores iniciantes.

O cachorro senta, mas o tempo que o dono demora de dizer “bom menino” ou “parabéns” o cão já se levantou de novo. Então, qual comportamento o “bom cachorro” marcou?! Levantar. Quando você percebe que você está tendo problemas no seu treino, a primeira pergunta a se fazer é se não está reforçando tarde demais.

Se você está treinando um cão ou uma pessoa, vale a pena ser filmado no meio para perceber se está reforçando tarde demais. A Lu fiúza daqui já me contou que adora filmar ela treinando seus animais porque ela consegue ver erros posturais, pequenos erros que na hora ela nem percebe que cometeu.

Nós sempre reforçamos alguém tarde demais. Reforçar alguém tardiamente pode ser bastante prejudicial.

Reforçar logo de início também é algo inefetivo. Se prometemos algo a crianças, ela talvez com o tempo comece a dizer que não consegue porque todas as vezes as suas tentativas que foram recompensadas e não os seus atos. Um cachorro receber premio toda vez que ele faz menção de começar o comportamento é o mesmo de dizê-lo “mesmo que você não faça tudo, você sempre será recompensado”

O tempo é igualmente importante quando. Quando você chuta o cavalo para andar, ou puxa sua rédea para a esquerda, a cessão desse comportamento é o mesmo que dizê-lo “ok, você fez o certo” Mas se você fica chutando o tempo todo, o seu reforço perde o efeito porque o cavalo pensa “que chato esse cara, só fica me chutando e eu já estou correndo o quanto posso”. Para ilustrar melhor, pense naquele patrão que pra ele tudo está errado? Você pode até perceber que fez alguma coisa errada, mas a sua reclamação não vai passar de burburinho aos seus ouvidos. O reforço negativo tem que parar assim que o comportamento indesejável pare, ou quando o desejável comece.

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Esse texto é uma tradução livre feita por mim Aline Viena de Souza e não tem a autorização de ser reproduzido parcial ou inteiramente em outro lugar sem as devidas formalidades de permissão.


20 de dezembro de 2010

Série: Don't shoot the dog III

Reforço: Melhor que recompensa

O treino pode ser feito quase que inteiramente de reforços negativos e muitos treinadores tradicionais tem feito desse jeito.

Cavalos aprendem a virar à esquerda quando a rédea é puxada porque a pressão irritante cessa quando a curva é feita. O leão vai de costas e fica em cima de um pedestal porque quando ele senta lá, a cadeira ou o chicote são tirados da sua frente.



Reforço negativo no entanto, não é o mesmo que punição. A diferença está que a punição é feita depois que o comportamento que se quer mudar já foi feito, e não tendo muitas vezes efeito de modificar o comportamento. Uma pessoa que por exemplo leva bomba nas notas, pode estudar mais da próxima vez e se dar bem nas próximas provas, porém, ele não pode modificar a nota que acaba de receber.



Quando punimos com intenção, normalmente fazemos isso tarde demais. Porém, essa não é a atual diferença entre punição e reforço negativo.

Comportamentalistas modernos entendem como punição tudo aquilo que faz o comportamento parar na hora.

Um neném que coloca coisas metálicas na parede, provavelmente vai ouvir um berro de desespero ou receber um tapinha em sua mão e o comportamento de inserir o objeto metálico na tomada irá parar na hora. Milhares de outros comportamentos e coisas irão acontecer após isso. O neném irá se assustar, irá chorar, sua mãe sentirá pena, fará um carinho mas, pelo menos, o objeto metálico na tomada irá cessar na hora (talvez o bebe possa repetir futuramente). Isso é o que a punição é.

Skinner define punição como o que acontece quando o resultado leva a perda de algo desejável ou quando o comportamento resulta em algo desconfortável. No entanto, quando o comportamento em curso pára, nós não temos previsão de como acontecerá no futuro. Nós sabemos que o reforço fortalece o comportamento no futuro, mas não sabemos para onde a punição pode levar.

Os comportamentalistas então, olham do seguinte jeito: a diferença entre punição e reforço é o resultado que isso irá trazer.

Reforço negativo pode ser usado efetivamente em um treino e apesar de todos os aversivos utilizados, os resultados poderão ser positivos.

Lhamas por exemplo, são animais muito tímidos e de difícil abordagem se não forem treinadas desde novas. Usava-se muito, reforços como comida para que as Lhamas se aproximassem. Porém, muitas são muito ariscas para permitir qualquer tipo de aproximação, mesmo que elas sejam recompensadas com comida depois. Os novos treinadores estão usando o clicker. A cada vez que elas se deixam ser aproximadas e ficam paradas, eles clicam e vão embora.

É como dizê-las “vou chegar só meio metro de você e não irei fazer nada, se você ficar parada, depois disso irei embora, ok?!”.

Esse processo leva a Lhama a pensar “é, toda vez que fico parada, a pessoa assustadora vai embora.” Permitindo uma aproximação mais rápida, as vezes em questão de 5 a 10 minutos.

Quando alguém toca a Lhama diversas vezes por um longo tempo e depois sai, o gelo é quebrado. Essa pessoa passa a não ser tão assustadora. Agora então, é a hora de entrar o balde de comida. Cria-se então um laço na relação. É como você dissesse “posso tocar em você e você irá ficar parado? Sim?! Eu irei então clicar e te dar essa deliciosa comida.” E a Lhama então tem esse perfeito reforço positivo para o novo comporamento de ficar parado. Ela ganha carinhos, arranhões carinhosos e comida, isso tudo em troca de ficar parada ao invés de correr para longe cada vez que alguém se aproxima. Essa técnica de recuar, ou cair fora cada vez que o animal fica parado é muito utilizado nas técnicas dos “encantadores de cavalo”.


Muitos encantadores desses irão se utilizar de supertições como sons e movimentos que na verdade são apenas marcadores de comportamento. Porém, por mais bonito que possa parecer suas teorias, não são mágicas, são apenas formas operantes de treinamento por reforço.

Enquanto o treinamento com reforços negativos é útil, é bem importante lembrar que no reforço negativo também existe punição. Punição excessiva pode levar a efeitos colaterais nada desejáveis ao treino.


Esse texto é uma livre tradução da obra de Karen Pryor "Don't Shoot the dog" feita por mim, não tendo portanto nenhuma autorização para reproduzi-la em outro local sem as devidas permissões.

19 de dezembro de 2010

Hospedagem para cães


Vai viajar no final do ano?? Vai deixar seu amiguinho peludo num hotel??
então vai ai algumas dicas de um local bom:

1. Veja as instalações e a limpeza do local
2. Pergunte sobre o tempo em que os animais ficam soltos e como é a dinâmica de "vigilância" dos hospedados
3. Veja bem quais são as exigências que irão te fazer (como vacina em dia, vermifugação, anti-parasiticida)
4. Veja se tem algum veterinário que irá ficar de plantão. Nunca se sabe quando emergências poderão acontecer e não serão fachineiras que irão ter o melhor tratamento para seu cão.
5. Seu cão fica nervoso com fogos? Lembre-se: ele estará num local desconhecido, longe dos seus amados donos e haverá fogos. Converse com seu veterinário e caso veja necessidade fale sobre a possibilidade de sedá-lo levemente.
6. Veja como será a dinâmica de alimentação
7. Anote tudo e não fique com vergonha de falar aqueles "mimos" (que as vezes não são mimos e sim formas como seu cão costuma agir)
8. Se seu cão for agressivo com outros cães, avise. Ele deverá ser solto isoladamente dos outros cães, até porque você não quer que seu peludo traga malefícios para outros peludos né?
9. Se seu cão come AN converse com o dono do hotel sobre a possibilidade
10. Não minta nada ao dono do hotel, é injusto para ele, para os outros hóspedes e para o seu cão que trará surpresas talvez nada agradáveis.


No mais, curta as festas e volte logo porque ele irá sentir falta de você.

Série: Don't shoot the dog II

Reforço negativo

Evitar algo que você não quer pode ser reforço também. Pesquisas demonstram que um mal comportamento pode ser aumentado com aversivos caso a mudança de comportamento faça com que o aversivo vá embora. Esses aversivos são chamados de reforço negativo, coisas que as pessoas e animais irão evitar. Reforço negativo pode consistir em um aversivo suave. Um olhar irônico de um amigo quando você conta uma piada sem graça ou um projeto de criança de crianças de ar condicionado que faz você levantar da cadeira.No entanto, mesmo aversivos muito intensos podem funcionar como um reforço negativo bem como as vivências de punição. Reforços negativos podem ser interrompidos ou evitados pela mudança de comportamento.Quando um filho por exemplo começa um comportamento, um aversivo pode pará-lo mas irá começar um novo comportamento.


Ou seja, a utilização de reforços negativos como ignorar, não dar aquele carinho naquele momento ou qualquer outra coisa que o animal ou a pessoa não queira que aconteça, pode ser válido desde que usado de forma consciente e que não dê alternativas para o sujeito começar outro comportamento. Reforçar comportamentos certos é melhor que usar aversivos para comportamentos ruins.








18 de dezembro de 2010

Série: Don't shoot the dog

Hoje vou começar uma série de traduções do livro Don't Shoot the dog de Karen Pryor.
Como vocês vão ver abaixo sobre reforço positivo, falo para vocês que isso foi bem significativo para mim e espero que seja para vocês também.

"Reforço: Melhor do que recompensas.

O que é reforço positivo?

Reforço é tudo aquilo que acontece em conjunto com uma ação, tendendo a essa ação acontecer novamente.
Memorize essa declarção. Esse é o segredo de um bom treino.
Existem dois tipos de reforços: positivo e negativo. O positivo é tudo aquilo que o sujeito queira: comida, carinho, elogio. O negativo é tudo aquilo que ele quer evitar: um apito, uma cara de reprovação.
Um comportamento que já está ocorrendo independentemente da freqüência, sempre pode ser intensificado por reforço positivo. Se você chama um filhote e ele vem, e recebe um carinho ele terá cada vez mais confiança de vir mesmo sem outros treinos.
Imagine que você espera a ligação de alguém, se essa pessoa não lhe ligar, você não poderá fazer nada sobre isso.
O maior ponto do treino é que você não pode reforçar o que não acontece.
Mas, por outro lado, se sempre que as pessoas te ligam você está feliz, isso é um reforço positivo para ocorrer mais vezes.
Oferecer um reforço positivo é o mais básico de um treinamento sob reforços.
Na literatura de psicologia você poderá encontrar os termos “métodos comportamentais foram usados” ou “o problema foi resolvido com uma abordagem comportamental.”
Todos esses meios, é porque eles substituíram os reforços positivos pelos métodos que usavam.
No entanto, a substituição pelo método positivo é necessária.
O reforço positivo pode ser usado até em você mesmo.




A autora fala no livro sobre um senhor que era viciado em jogos de squash. Ele falou então a ela que iria usar suas técnicas de reforço positivo em seu treino, e lhe contaria depois. Duas semanas depois o senhor voltou contando que havia subido 4 “degraus” em sua classe porque ao invés de amaldiçoar toda vez que errava, começou a elogiar todos os seus bons tiros.


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Os reforços são relativos e não absolutos. Chuva por exemplo é um reforço positivo para patos, negativo para gatos e neutro para vacas que estão dentro do curral. Comida por exemplo, não é um bom reforço uma vez que você já tenha feito uma refeição e esteja satisfeito.Sorrisos e elogios podem ser inúteis uma vez que a outra pessoa estão tentando lhe irritar.Portanto, o que vai ser ofertado como reforço deve ser algo que o sujeito queira e goste.Isso faz o treino de cada um ser diferente e inovador, trazendo desafios para o treinador e treinado. É útil ter uma gama de reforços para um mesmo treino. Baleias assassinas usam variados reforços e sempre fazem esforço para ter sua recompensa. No entanto, elas nunca sabem qual será o reforço da próxima ação de modo que em muitos shows o uso de peixes como recompensa não é nem necessário.
A necessidade de mudar de reforços é interessante e desafiador para o treinador e o treinado.
Reforços positivos são bons para humanos também como ganhar presentes onde tem que se adivinhar o que irá ganhar. Para o presenteador também é bom adivinhar o presente certo. Na nossa cultura, a tarefa de presentear muitas vezes é da mulher.Um homem que observa os poderes dos reforços positivos tem, sem dúvidas, um passo a frente dos outros homens que não perceberam."

Agora espero o reforço positivo de vocês comentando e dando sugestões do que acharam.



Essa é uma tradução livre feita por Aline Viena de Souza e não deverá ser copiada sem devida permissão.

Psicologia Reversa

O Fred é um cão terrivel em questão de obediência. Ele só obedece quando quer e no grito.
Acontece que ele está latindo muito para os vizinhos e quando eu estou em casa tento amenizar a fúria da vizinha e a de minha mãe, pois é o dia todo.
Mostro sandália, ele pára. Mostro vassoura, ele pára (ele nunca apanhou de vassoura, tá? é só porque ele se assusta quando ele próprio derruba). Mas nunca é uma coisa duradoura.
Então resolvi fazer diferente e como a Lu ja tinha me dito pra fazer há um tempo. Ele latia, eu dava carinho a quem estava quieto e com a voz tatibitati que ele mais gosta que seja endereçada a ele.

Depois de umas cinco tentativas, finalmente ele resolveu que só receberia carinho da mamãe quando estivesse ao meu lado e associou a ficar quieto sem latir, a estar comigo recebendo carinho e beijinho da mamãe.
Se ele não fosse tão infernal, eu o chamaria de fofo. rs

17 de dezembro de 2010

Novidade na área

Mamis e papis de cachorrinhos sempre querem o melhor para seus filhotes peludos. E nisso de pensar no melhor, queremos cercá-los de todos os cuidados possíveis incluindo ai a alimentação. Muita gente tem vontade de fazer uma dieta preparadinha pra os peludos mas, com a vida moderna, corre corre, a ração se torna o meio mais prático.

Mas para meu entusiasmo, surgiu agora um projeto lindo e super inovador que é o Pet Delicia.
Eles fazem "comidinha gostosa da mamãe" e já deixam prontinha pros pimpolhos. A Ana Paula que é mestranda em nutrição de cães e gatos, está no projeto e não poderia ser diferente o sucesso que já está fazendo.

Parabéns Ana Paula, parabéns a toda equipe pela ideia. Quem tem a ganhar só são os peludinhos.

E pra quem quiser dar uma olhada no projeto, é só dar uma conferida no site





Ps.: to retornando aos poucos, mas to.
e a Lu tá aqui pra trazer posts super interessantes.

13 de dezembro de 2010

Errar...

No domingo de manhã estava tomando café com a minha família e conversando com eles sobre meus cães. Até que minha mãe comentou sobre a euforia exagerada que minha cadela sempre fica ao me ver, e como no sábado minha mãe foi corrigi-la e viu que em apenas um "não!" os meus 3 cães imediatamente pararam o que estavam fazendo, sentaram-se e ficaram parados olhando na direção dela. Minha mãe achou engraçado como eles reagiram rápido a apenas 1 repreensão.

Nisso, eu ri e disse: "é mãe, é pq quase nunca eles estão errados!" e minha amiga que estava conosco se surpreendeu e perguntou: "mas se eles nunca estão errados, como sabem o significado do 'não' tão bem?".

Existem muitas pessoas que criam, conscientementee ou não, situações em que o cão é induzido a errar, e a partir daí marcam o "não!" e corrigem. Se torna uma espécie de jogo, onde, dependendo do cão, vai gerar uma grande ansiedade ou uma grande disputa. Um cão que é induzido a errar e, quando erra, é punido, pode ficar ansioso, nervoso, sem nunca saber o que pode ou não fazer, perde a confiaança no seu dono; ou pode ser aquele cão "surdo" que sempre vai fazer o que der na telha e ignorar solenemente o dono até vir uma punição mesmo, e essa punição terá q ser cada vez pior e mais forte...

... e é nessas que vem a idéia "aaah! meu cão não tem jeito! tem horas q ele só obedece com susto, ou apanhando!!!" --> o que não faz o menor sentido!!!!

A questão é que quem define regras claras e cumpre as próprias regras não precisa punir um cão durante o manejo.

Só para deixar claro: quando me refiro a punição digo punição positiva, aquela que você usa uma coisa que o cão não gosta (aversivo) para interromper um comportamento. Por exemplo: bater, espirrar água, choque, grito, ameaça, chinelos voando, latinhas com moedas dentro etc.

Para criar regras básicas é preciso que todos da casa concordem: cães não entram nessa parte dda casa, por exemplo. Regra criada, regra obrigatóriamente cumprida. O cão nunca vai poder entrar naquela parte. Se o cão não pode pular na sua avó, não permita que ele pule em ninguém, nem em você ddurante as brincadeiras! E assim vai. Não adianta permitir em algumas situações e proibir em outras.

Além disso, existem questões que estão na natureza dos cães! Por exemplo: se você tem um filhotinho novo em casa, não é inteligente deixar ele ter acesso ao varal de roupas.... aqueles panos flutuando no ar e tremulando com o vento parecem uma excelente brincadeira! O cãozinho não irá resistir!!! E depois é pura maldade brigar com o filhote por ter sujado e rasgado as roupas... O que é da natureza do cão, como brincar, latir, correr, morder etc, tem q ter momento e local corretos, mas ele tem que ter a chance de fazer essas coisas! De ser cachorro!

Então, meus cães, raramente estão errados. Porque eles podem e devem ser cães e as regras que eu estipulei estão sempre claras e nunca mudam. Eles tem lugares que podem ir, lugares que não podem, coisas que podem fazer e coisas que jamais podem fazer. Mas brincam, correm, e podem agir como cães o quanto quiserem, minha casa é preparada para eles.

As regras são claramente e continuamente treinadas e relembradas, em caso algum deles "esqueça". Mas sem stress, sem punição, sem dor nem sustos!

Agora, ainda assim, cães algumas vezes aprontam novidades que consideramos ruins para nossa relação. Como a euforia exagerada da minha cadela, que fica girando em volta de mim correndo e não pára, ao ponto de ninguém conseguir se aproximar até que ela se acalme. E, nessas horas, é bom que ela saiba o "não!".

E para ensinar o "não!" eu usei, com meus 3 cães, o que chamamos de punição negativa. Mas isso é assunto pra ooooooooooutro post! heheheheheheh

Até a próxima!

26 de outubro de 2010

Medo....

Então gente, hoje me inspirei para falar sobre um dos assuntos que mais me fascinam em cães: o medo. Como o medo surge e como (e quando) pode ser superado. Faz parte das emoções mais importantes dos cães e, provavelmente, uma das mais poderosas.

O medo não é uma das emoções mais fáceis de diagnosticar. Não é tão aparente e claro quanto se supõe. É necessária uma calma avaliação e muita observação para responder 2 questões essenciais quando um cão não age como esperaríamos: qual emoção motiva aquele comportamento? o que dispara aquela emoção?


Muitas vezes, algumas pessoas confundem emoções. Confundem medo até com alegria. Consideram que o cão está animado, excitado, feliz, quando na verdade está MORTO de medo. Outras vezes consideram derivada do medo um comportamento que tenha outra causa qualquer. Algumas características posturais são bem típicas do medo, mas dependendo da raça ou situação, podem ficar mascaradas.

A verdade é que o medo é um mecanismo de defesa importante para todos os animais, ele preserva a vida. O medo, como indicam alguns estudos, pode ser inato, passado de geração em geração, sendo nesse caso uma característica da espécie ou da população (ex: medo de predadores). Mas o medo também pode ser resultado de uma experiência vivida. Nesse caso, a experiência foi estressante para o animal e o marcou, a ponto de provocar uma espécie de "cicatriz comportamental".


Algumas vezes, essa cicatriz gera um tipo de "comportamento padrão", onde, a forma em que o cão conseguiu resolver aquela situação será a que ele sempre optará para se ver livre novamente. Chamamos esse comportamento de esquiva. Agora, nem sempre esquivar é sair correndo e se esconder! Por exemplo, um cão bem pequenininho que tem medo de visitas porque essas costumam pisar-lhe, pode fazer uma grande festa, saltar, latir, chamar atenção. Todos entenderão como sinal de alegria e, mesmo que não seja, o importante é que receberá atenção, carinhos e depois poderá ficar no seu cantinho, sem ser pisado.



Não quer dizer que todo o cão tenha medo ao exibir aquele comportamento que acabei de descrever. Só que com um pouco de atenção é possível distinguir um cão alegre de um assustado e com medo. E é muito importante essa distinção para o bem estar do cão.


No caso da minha cadela, Pastor Alemão, ela tem diversos medos que não sei de onde se originaram nem a causa, pois ela foi adotada adulta já assim. E um dos maiores medos dela é de sacos plásticos. Verdadeiro pânico.


E para resolver medos existem diversas técnicas! Falarei sobre algumas que tentei com ela:


Flooding - consiste em apresentar ao cão o estímulo que ele tem medo diversas vezes, muitas vezes, forçadamente, até que esse deixe de ser interepretado como ruim, perde o valor. É o que geralmente fazem em relação a fogos de artifício.


Condicionamento com reforço positivo - relacionar o estímulo que faz o cão ter medo a alguma coisa que o cão goste muito, por exemplo, petiscos. Quando um cão tem medo e agride outros, vc vai dando petisco e recompensando até ele ignorar por completo e depois até achar o outro cão legal, por exemplo.


No caso da minha Ilka e seu medo de sacos plásticos, nem um nem outro jeito resolveu! Na verdade, ela já superou outros medos com as 2 técnicas, cada um em um momento. Mas com o saco plástico... nada! O medo permanecia, só com um comportamento um pouco deslocado....


Como verão no vídeo a seguir, ela está confusa com a presença do saco. Ela acha que pode surgir um brinquedo ou petisco dali, ou q de repente seja obrigada a ficar cercada por sacos plásticos, como aconteceu quanto tinha tentando tirar o medo dela antes. Mas o q ela nunca faria e não tinha feito antes, era chegar perto ou tocar um saco plástico por vontade própria. E foi isso q eu consegui, que fez ela mudar a forma que via o objeto.


A palavra chave é: brincadeira!


Como podem observar, a presença mais importante aí é do meu outro cão, o Thor. Ele é um filhotão, crio ele desde que nasceu, ele não só não tem medo de saco plástico como acha tudo uma brincadeira divertida! Então, sem ele, provavelmente a Ilka jamais se aproximaria do saco!

Aconteceram 2 coisas para a Ilka, emoções que superaram o medo. Primeiro, ela queria muito brincar, ela adora brincar comigo e com o Thor, porque adora competir com ele a minha atenção! hehehehe Além disso, ela percebeu que ele não tinha medo, e que nada acontecia com ele de ruim e, acima de tudo, ele estava se divertindo. O senso de matilha dela, tanto para competir quanto para interagir, que foi fundamental para a superação.

Além disso, ela não estava contida, nem amarrada, não estava de guia e estava em casa, do lado da piscina dela. Se ela quisesse poderia deitar e dormir, ou fazer qualquer coisa. Mas ela superou o medo e escolheu isso, não foi imposto a ela, e isso é o que considero mais bonito e inusitado nesse vídeo. Se olharem com atenção verão que, a cada vez que ela "decide" enfrentar o problema, vem reto na minha direção e dá 1 latido. No último latido, em que ela pegou firme o saco plástico e ficou com ele perto de mim, para mim marcou essa superação.

A pinha foi usada aí como uma forma de relaxar e mudar o foco, e também para "negociar" com eles para que soltassem o saco plástico, que é perigoso se for ingerido. No entanto, eu não queria usar o comando "larga" sem a troca, porque ele poderia gerar algum conflito e, se estávamos superando um medo, a última coisa que eu queria era conflito!

Atualmente, a Ilka não apenas não tem mais medo de sacos plásticos como futuca todos a procura de petiscos ou mesmo para brincar. Não se assusta maiscom o som deles e não fica mais nervosa e ansiosa ao ver um! Ou seja: criei um problema pra mim que não posso deixar mais nenhum saco plástico ao alcance dela! hahahahaha

Mas é isso, fica a dica: observe bem o comportamento do seu cão, se o que ele faz é resultado de algum medo. Se for, busque soluções inteligentes e divertidas, que minimizem o stress e o ajudem a superar!


Na dúvida, contratem um bom adestrador!

Até a próxima!

Luciana Fiuza

2 de agosto de 2010

Quando o amor torna-se doença

Bom, todos nós sabemos que esses bichinhos peludos de quatro patas têm o poder de florecer o mais belo dos sentimentos em nós: o amor.
Mas, cá pra nós? Tem uma hora que não é mais amor e sim doença.
Todos já sabemos dos casos dos colecionadores de animais.. que simplesmente não dão a mínima para a saúde mas compulsivamente adotam mais. Não é sobre isso que quero falar hoje.
Eu, há dois anos estou em uma depressão branda e meus cães me salvaram de cair numa fossa. Porém, eles passaram a ser o centro das minhas atenções, ainda mais fazendo medicina veterinária.
Meus pais e meu namorado já haviam me falado e eu achava que eles não me entendiam, mas esses dias, parei pra analisar (e esse é o primeiro passo na auto-cura) e vi que em 100% da minha conversa, 99% era sobre animais.
Me enfiei num mundo virtual onde tem muitas outras pessoas que amam esses peludinhos como eu e assim eu podia falar mais e mais.
Minha vida social por pouco não foi pro lixo.
Meu namoro, idem.
Amá-los é inevitável, mas até para o amor deve se ter um certo limite.
Eu preferia mil vezes levar eles pra passear do que ir num salão, fazer uma unha, sair para uma praia, comer alguma coisa gostosa... e tá..eles gostam e precisam de passeios, mas eu preciso de vida além deles também.
Não que pra eles seja ruim.. é até bom. Eles adoram todos os meus mimos.
Mas assim, eu cheguei num momento que quero vida além deles. Quero ir num salão e ao invés de comprar a milésima coleira ou brinquedo ou qq coisa..gastar meu dinheiro comigo.
Me embelezar, me sentir bem, ter um circulo social melhor, tem outros assuntos.
Não quero usá-los como muleta para nada.

E assim, aos poucos, vou me interessando por outras coisas, conversando sobre outras coisas e tentando tirar o foco um pouco deles.
Afinal, se eles falassem iam falar a mesma coisa que eu falo pra minha mãe "manhê.. me ERRA"

fiz até um novo blog pra falar de mim.. e das coisas que vou descobrindo.
livros que vou lendo, musicas que vou escutando e algumas reflexões de fundo de caminhão..
querendo, deem uma passada lá.

http://mimimidavida.blogspot.com/

29 de julho de 2010

A hora certa..

A hora certa de se chamar um adestrador, as vezes é uma linha bem tênue de se entender.
O ideal seria que todos os leigos assim que adquirissem seus cães, já o fizesse. Mas, nem todos (me incluindo nessa) acham necessário chamar de imediata um adestrador.
Afinal, são tantas dicas na internet, tantos livros e vídeos de como se demonstrar dominância e pedir obediência à seus cães que as pessoas acham desnecessário pagar para uma pessoa lhe passar o que os vídeos/livros/fóruns no orkut lhe ensinaram.
Ledo engano!
E quem vos fala está passando na pele exatamente agora o preço desse engano.
Cheguei no meu limite, e reconheço. Todas as dicas, todas as leituras tem sido inúteis no caso do Frederico.
Por mais que eu faça tudo direitinho (a meu ver) ele continua rosnando/latindo/avançando nas pessoas na rua e isso já está tomando meu nervo.
Sou por natureza estourada e parto para ignorância quando algo me irrita demais.. porém.. não quero fazer isso com meu cão pois ele não entende o que eu falo..e se ele não entende, é porque eu não sei me comunicar com ele, não o contrário.
Eu escolhi tê-lo em minha casa e torná-lo membro de uma familia humana e canina. Portanto, eu como líder (e mãe substituta) devo ensinar os modos a ele.
Mas como fazer isso, quando não se percebe onde está errando?
Buscando um profissional.
Além de ser uma pessoa de fora, é uma pessoa que além de teoria, tem prática também.
Teoria tenho livros e mais livros, leituras e mais leituras, discussões e mais discussões, mas francamente? Não tenho prática nenhuma!
Algumas técnicas que aprendi na teoria, me ajudaram a educar meus outros cães em vários sentidos. O pê HOJE não tenho do que reclamar.
Um cão obediente, apesar do seu temperamento intepestivo.

Cheguei ao ponto do Frederico me morder, e aí, a coisa está MUITO feia.
Um subordinado nunca deve agredir o seu líder, e eu que devo ser a líder, não o contrário.
Ser líder não é só o que vemos no Cesar Millan, vejo como ser líder como a Dra. Temple Grandin coloca em seu livro, vejo como liderança de cães o papel de pais substitutos. Não é controlar o tempo todo todos os comportamentos do meu cão, mas é saber educá-lo para em momentos específicos ele saiba me obedecer, porque afinal, uma criança que não obedece a mãe não tem culpa nenhuma, apenas tem uma mãe que não soube dá-lo disciplina.

Por isso, pesso a todos vocês que por um momento reflitam:
está na hora de contratar um profissional?

Por que meus amigos, adestramento é muito mais do que "senta" e "deita", é saber educar seres que dependem exclusivamente de nós para tudo.
Portanto, nada mais justo do que educá-los e torná-los aptos à convivência junto àos meus amigos e visitantes e tornar do meu cão, um cão ao menos, agradável.
Ele não é obrigado a gostar de toques, brincadeiras e chamegos de estranhos.. não mesmo!
Ele apenas é obrigado a se portar de maneira educada e gentil próximo de quem eu gosto e quero estar, e não, pular e querer morder qualquer um que não seja do seu convívio.

A culpa é minha, eu sei. Porém estou correndo atrás do meu erro.. e você? Está correndo atrás?
Por que antes de castrar ou dar florais a seu cão, não entra em contato com um comportamentalista animal que poderá lhe dar diretrizes de comportamento para o seu cão?

Você e o seu cão merecem!
Pensem nisso!




esse é o motivo da minha dor de cabeça.. Frederico.








28 de julho de 2010

Sarna Demodécica

A sarna demodécica é causada pelo ácaros Demodex canis. Ela se apresenta quando há uma proliferação exagerada do mesmo no organismo do animal.
Ele faz parte da microbiota normal dos cães, então, o cão ter demodex canis não é essencial para que o animal apresente a demodicose ou sarna demodécica. A sarna demodécica caracteriza-se pelo afrouxamento do pêlo do animal desde o folículo cansando alopecia (falta de pêlos) focal ou pelo corpo todo. Por isso ela é considerada uma doença parasitária dos cães, e, infecções secundárias podem agravar o quadro da doença.
Ela pode ser seca, onde só há a alopecia, ou pode ter presença de secreções purosanguinolentas. São chamadas de generalizadas quando atingem mais de 5 regiões do animal, as quais, normalmente são a cabeça, os membros e o tronco, podendo também atingir os dígitos, onde se denomina como pododemodicose. O animal também pode apresentar a demodicose apenas no meato acústico, causando assim as otites. Normalmente ela é transmitida no período peri e neo natal do animal. Alguns fatores podem influenciar no aparecimento da doença, entre eles estão o parto, a má alimentação, vermes, imunosupressão por medicamentos, traumas, lactação, cio, entre outros. O tratamento precoce da demodicose é essencial para que uma lesão focal (que afeta uma pequena parte) não se torne uma lesão generalizada e que não haja infecções secundárias, o que agrava o quadro e obriga o animal a ser mais imunosuprimido por corticosteróides.
Na demodicose generalizada o animal pode apresentar coceira por infecções secundárias, dor, anorexia, febre e letargia, sendo que a demodicose por si própria não causa coceira no animal.
O diagnóstico é feito pelo médico veterinário na hora da consulta pelo histórico familiar e da rotina do animal, além de um “raspado cutâneo” que consiste em raspar o pêlo do animal em áreas afetadas, até a pele sangrar para que os ácaros que estejam no folículo piloso possam ser encontrados. Utiliza-se também histopatológicos no diagnóstico em alguns casos onde não se tem como pegar pelo raspado cutâneo. Raças como Sharpei são frequentemente necessitado o uso de histopatológico devido às lipoproteínas existentes em sua pele que tornam o ácaros mais profundo em sua pele.
É uma doença de tratamento delicado e que necessita da dedicação do proprietário. Uma imunidade boa, junto à cuidados básicos junto ao médico veterinário pode evitar que o seu animal tenha crises repetitivas após o diagnóstico. Se você, por acaso tem um animal com demodicose, siga o que seu veterinário mandou, ou quem sofre é o seu animalzinho precisando cada vez mais de tratamentos mais dificultosos.






Referências:

TADANO, Rodrigo. Demodiciose em cães, 2010. Faculdade Metropolitana Unidas. Monografia, 40f. São Paulo, 2010


http://www.euqueroumfilhote.com.br/forum/topic.asp?TOPIC_ID=329


http://diarioveterinaria.blogspot.com/2008/12/isso-um-pit-bull.html


23 de julho de 2010

Jackpot

Olá!

A Aline me convidou a postar aqui no blog dela, o que me deixou muito entusiasmada. Pensei em um monte de assuntos e, por fim, resolvi falar sobre uma coisa que não vejo muito por aí, que serve como dica para qualquer um que tenha qualquer tipo de pet.

Como e quando mimar seu pet?

Quem mantém um animal, por mais que esse animal tenha função na casa (como guarda, cães guias, de terapia etc) o faz por amor, por carinho e, em parte, para suprir sua necessidade de afeto. É normal, muito comum, ver pessoas que se sentem mais confortáveis com animais do que com outras pessoas, que tratam seus animais como parte da família, ou até melhor! hehehe

Tem gente radicalmente contra esse tipo de tratamento, tem gente radicalmente a favor. Mas observando a parte prática e focando no animal: o modo e momento que isso é feito pode ser extremamente positivo e interessante ao convívio, educação e treinamento, como pode ser absolutamente errado e inviabilizar a relação.



É inegável que faz parte da nossa natureza observar o que nossos animais gostam: brinquedos, comida, carinho, passeios, pessoas, brincadeiras, outros animais etc. Então esse é o momento de aproveitar esse conhecimento e transformar isso a seu favor!

O melhor texto que já li sobre "mimos" (o nome correto do que estou me referindo é jackpot) está no livro da Karen Pryor: "Don't shoot the dog". O livro fala de adestramento positivo, onde o cão é condicionado com reforço positivo. E, nesse momento, é importante dizer que, os petiscos e recompensas usados no treinamento não são mimos, são recompensas por um trabalho que o cão realizou corretamente.



Ou seja, o seu chefe lhe pagar no fim do mês não é um mimo, certo? mas te dar uma cesta de natal no fim do ano pelo bom trabalho, ou ingressos pro cinema por ter resolvido um problemão, são mimos! O mimo que eu digo, é aquele carinho, aquela recompensa, o reforço positivo que vem inesperado e é bom para caramba!

Se todo dia na hora da novela seu gato deita no seu colo e vc fica fazendo carinho enquanto vê TV, está condicionando ele a ficar com vc, não é um mimo, ele está condicionado aquilo. Mas se no dia que seu filhote teimoso faz todas as necessidades no lugar certo você der um ossão para ele brincar, isso é um mimo, ou melhor, um jackpot. Ele não fez para ganhar o osso, nem poderia imaginar que aquela atitude teria uma recompensa boa dessas!

Agora pensa, você resolve um problemão absurdo no trabalho e, sem nem esperar, ganha ingressos pro filme que você queria muito ver. Da próxima vez que um problema assim surgir, você vai ter muito mais boa vontade em resolver né? Por outro lado, se você salvar a pele do seu chefe e ele nem vier te agradecer, na próxima você deixa ele se virar sozinho, certo?

Os animais funcionam assim também! E o jackpot é isso, é um presentão, o melhor deles, a coisa que seu bicinho mais valorizar vindo para ele na hora que ele menos espera, uma surpresa muito boa! Isso transforma a relação de vocês, amplia, traz novos significados.



No entanto, existem condições, claro!

- O jackpot tem que ser algo raro, ou seja, se seu cão passeia todo dia, passear não é um jackpot, a menos que vocês vão para um parquinho onde ele possa correr solto.

- O jackpot tem que ser raro, tem que ser mágico, tem que entusiasmar. Tem que ser a recompensa que seu bicho mais gosta de todas!!

- O jackpot jamais pode vir como "fazer as pazes", se você brigou com seu cão não pode chegar logo depois com um brinquedo novo! Jamais recompense o erro!

- O jackpot não precisa vir só quando seu cão fizer uma coisa certinha e perfeita, muito boa. Pode ser só um dia que você acordou de bom humor, daí você faz aquela comida favorita dele só para mostrar que ele é um bom menino! Do nada mesmo, vai ser mais surpreendente ainda!

Só é ultra importante ter certeza que não está oferecendo o jackpot na hora errada, pois poderia reforçar um comportamento que não quer. Para quem treina obediência sabe que tem horas que o bichinho começa a ficar cansado e demorar mais para dar resposta. Se nessa hora surgir um jackpot, o entusiasmo volta rapidinho! (desde que ele estivesse fazendo tudo certo, apenas menos entusiasmado)

Se seu cão tiver regras, souber obedecer, tiver respeito e confiança em você, o jackpot, qualquer que seja ele, pode ser o diferencial entre ter um pet sempre ao seu lado te olhando e o que nunca está visível, que você tem que se esgoelar para ele aparecer.

Eu, pelo menos, adoro meus cães perto de mim. Meu Jackpot com eles é, principalmente, brincadeiras e meus momentos "felícia", de sentar no chão e passar um tempão brincando, apertando e fazendo carinho neles. É recompensa e alegria para mim e para eles!



Quem tentar, depois me conta o resultado!

1 de julho de 2010

Frio, muito frio




Muito frio mesmo!
Para nós baianos que estamos acostumados aos 30 e pouquinho graus, estar a menos de 20, ou nos 20 é muito frio!
E nós (pelados e peludos) estamos com muito frio a ponto do meu pai ontem pedir pra eu colocar roupinha neles.

O que eu venho hoje falar é pra tomar cuidado com os nossos peludos.. o meu pepe já teve duas pneumonias e olhe que ele é super bem cuidado e vive dentro de casa.

1. Não deixe o animal em lugares expostos a umidade/frio/chuva. Eles têm os mesmos mecanismos de defesa/doença da gente, portanto, se vc não deixaria seu filho nessas situações, pense um pouco no seu cão.
2. Roupinhas. Há cães que não gostam, os meus particulamente adoram. Cães pequenos como york tendem a perder temperatura mais rápido e conheço pessoas que tiveram que levar seu animal às pressas ao veterinário por um quadro de hipotermia da sua york.. portanto..todo cuidado é pouco.
3. Converse com seu veterinário sobre a possibilidade de suplementar seu animal com vitamina c. Lembrando, se n for feito por veterinário essa prescrição e dosagem seu animal terá diarréia e de nada você o ajudou!
4. Evite que seus cães durmam no chão puro. Se nós humanos, não somos recomendados a andar descalças, imagine esses coisinhas deitados no chão duro e gelado? Ninguém merece né?!

e.. dengo..muuuuito dengo! rs

Lambs a todos

26 de junho de 2010

Quando eu penso que já vi de tudo..



Não feche os olhos, seu cão pode ser uma vítima dessas.. DENUNCIE..DIVULGUE




Hoje durante um fórum na net estávamos dicustindo cruzas..
De repente uma moça aparece e fala:

"eu tinha até combinado com a dona de um pet que quando a minha bebe tivesse no cio eu levaria lá pra ela cruzar, ela disse que o dono do cachorro nem precisaria ficar sabendo"
Bom.. o direito aos filhotes é o mínimo que o proprietário do dono merecia.
Colocar cães pra cruzar sem conhecimento do guardião é uma prostituição canina. Sim, o termo é chulo e feio mas a atitude é mais ainda.

Depois que essa moça falou isso, vieram vários depoimentos, uma moça colocou:

" Um cliente nosso levava seu machinho sempre nas 5ªs feiras tomar banho, desde bb, quando ele ficou adulto, uma noite o dono dele nos ligou apavorado, que o york tinha voltado do banho muito cansado e triste... aí meu marido pediu pra ele olhar o "pintinho" do cão... estava vermelho e machucado, além de não estar totalmente encapado. "

a outra colocou:

"Minha amiga deixou o cachorrinho às 9:00 para fazer a tosa higiênica, e como ela trabalha fora o dia todo, pediu que o entrgasse pra empregada. Ela ligou às 17:00hs perguntando se Fred tava cheirosinho, e a moça respondeu que ele não havia chegado ainda .... Ela correu pro pet e a moça disse que ele tava cruzando em uma casa lá perto......"

Imaginem amigos, quanto absurdo há nisso?!
Outra moça falou que sua vet de confiança lhe confidenciou que vários proprietários de fêmeas já haviam lhe oferecido dinheiro para cometer tal crime e que por amor aos animais e respeito ao seu diploma ela negou!

Pessoal.. isso é muito sério.
Nada pode ser feito nos nossos peludos sem o nosso consentimento.

Então a dica que eu tenho para vocês é:

1. Levem em pet shops de confiança
2. De preferência fique na pet olhando tudo, ou deixe alguém de sua inteira confiança pra esperar o cãozinho terminar sua tosa e banho
3. Prefira pets que tenham vidro e deixem acesso à todo procedimento que está sendo feito no seu cão
4. Caso perceba alguma mudança, volte ao pet, e se desconfiar que fizeram isso no seu cão, leve-o imediatamente ào veterinário e faça uma avaliação geral. Caso seja confirmado, requeira um relatório e entre com um processo judicial contra a pet. Não deixe passar em branco.
5. Denuncie no boca a boca essa pet, assim, essa pet não irá fazer isso com mais nenhum cãozinho.


No mais.. só posso lamentar e pedir à São Francisco de Assis que proteja nossos peludos desses inescrupulosos que só pensam em dinheiro.
Cães não são mercadorias para nós que os amamos, mas para esses canalhas sujos, são apenas isso.


Lambss..

25 de junho de 2010

Selinho


Ai que fofoo.. minha amiga Tula Verusca da cão natural me deu um selinhooo..

E as regras são as seguintes, falar 9 coisas sobre mim e enviar para 9 amigos.



1- Me estresso fácil
2- Pessoa de poucos amigos e mto conhecidos.. #Prefiroassim
3- Medicina Veterinária..
4- Natureza
5- Fotografia.. n sei mta coisa mas adoooro uma fotografia
6-Livros e mais livros
7- Mato e morro por minha família e meus cães
8- Pessoa caseira que gosta de estar sentada do lado de meu pai no sofá
9- Liberdade acima de tudo!


9 Blogs que indico:
1 - Cão Natural da minha amiga linda de Goiania a Tula
2- Patas ao Alto que fala sobre o direito dos animais.
3- Canina Blog dicas super interessantes
4- Mãe de cachorro que além de dicas maravilhosas a sua dona tem uma humanidade ímpar
5- Auauaurélio que a dona é uma fofa e conta a rotina do shihtzu mais fofo do Brasil
6- Gatos encantados um projeto lindoo onde a Sônia e outras colaboradoras dão um duro danado pra ver aqueles bichanoss saudáveis
7- Mães com cães que mostra a rotina de uma mãe de uma linda menina e de uma cadela..
8- Cachorrando
9- Blog da serena que é uma fofaaa!!!



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